Bodhidharma ensinava que a iluminação não se encontra em livros ou rituais, mas no interior de nós mesmos. E através da meditação limpamos os véus do obscurecimento e recordamos a nossa natureza de Buda.
Bodhidharma definiu o Zen como uma transmissão especial para além das escrituras, que não depende de palavras ou letras, mas aponta directamente para a mente, vendo a nossa verdadeira natureza e alcançando a Iluminação("A special transmission beyond Scriptures, Not depending on words or letters, But pointing directly to the Mind, Seeing into one's true Nature, And realizing one's own Enlightenment").
Esta mente é por ele descrita como, desde tempos sem começo, nunca ter mudado. "Nunca viveu ou morreu, apareceu ou desapareceu, cresceu ou diminuiu. Não é pura nem impura, boa ou má, passado ou futuro. Não é verdadeira nem falsa. Não é macho ou fêmea. Não surge como um monge ou um laico, um ancião ou um noviço, um sábio ou um louco, um buda ou um mortal. Não procura a realização e não experimenta o karma. Não tem solidez ou forma. É como o espaço. Não o possuis e não o perdes. Os seus movimentos não podem ser bloqueados por montanhas, rios ou rochas. Nenhum karma pode restringir este corpo real. Mas esta mente é subtil e difícil de ver. Não é o mesmo que a mente dos sentidos. Todos querem ver esta mente e os que movem os pés e as mãos à sua luz são tão numerosos como as areias do Ganges, mas quando lhes perguntas, não conseguem explicá-la. Pertence-lhes e usam-na. Mas porque não a podem ver?... Só os sábios conhecem esta mente, esta mente chamada natureza do dharma, esta mente chamada libertação. Nem a vida nem a morte a pode libertar. Nada pode. Também se chama o Imparável Tathagata, o Incompreensível, o Eu Sagrado, o Imortal, o Grande Sábio. O nome varia mas não a essência."
Imagem: Bodhidharma (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bodhidharma)
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