28 de fevereiro de 2016

Zazen - 28/02/2016

Quando a mente está vinculada a algo fora dela própria, trata-se da pequena mente, uma mente limitada. Se sua mente não estiver vinculada a nada, então não haverá́ mais compreensão dualista na atividade de sua mente. Compreenderá que a atividade não é mais do que ondas da sua mente. A mente grande experimenta tudo dentro de si própria. Percebe a diferença entre ambas? A mente que tudo inclui e a mente ligada a alguma coisa em particular? Na verdade, elas são a mesma coisa, a compreensão é que é diferente, e sua atitude perante a vida será diferente de acordo com a compreensão que você tiver.

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Principiante.

Imagem: Monge Daitetsu

21 de fevereiro de 2016

Zazen - 21/02/2016

Viver no reino da natureza de Buda significa morrer como ser inferior, momento após momento. Quando perdemos o equilíbrio, morremos; mas ao mesmo tempo evoluímos, crescemos. Tudo o que vemos está constantemente mudando, perdendo seu equilíbrio. Por estarem fora de equilíbrio é que as coisas se mostram belas, mas o fundo em que se inserem está sempre em perfeito equilíbrio. Esta é a forma como as coisas existem na natureza de Buda: perdendo o equilíbrio sobre um fundo em perfeito equilíbrio. Assim, se você vê as coisas sem se dar conta da natureza búdica que lhes serve de fundo, tudo se apresenta em forma de sofrimento. Mas, se compreende o fundamento da existência, você se dá conta de que o sofrimento reside na maneira como levamos a vida. Assim, no Zen algumas vezes se dá ênfase ao desequilíbrio, à desordem da vida. 

Shunryu Suzuki. Mente Zen, Mente de Principiante.

Imagem: Monge Daitetsu

14 de fevereiro de 2016

Zazen - 14/02/2016

Imagem: Monge Daitetsu.
Estamos sempre procurando nos agarrar à vida e fugir da morte. Mas, de acordo com os ensinamentos, tudo é nirvana desde o não-princípio. Assim, por que temos de nos agarrar a uma coisa e evitar a outra? Na dimensão suprema, não existe começo nem fim. Pensamos que existe alguma coisa a ser alcançada, algo fora de nós, mas tudo já está presente. Quando transcendemos as noções de dentro e fora, sabemos que o objeto que desejamos alcançar já está dentro de nós. Não temos que procurá-lo no espaço ou no tempo. Ele já está à nossa disposição no momento presente. A contemplação no “nada a alcançar” é muito importante. O objeto que desejamos conseguir já foi conseguido. Não precisamos conseguir nada. Nós já o temos. Nós já o somos.

Thich Nhat Hanh
Do livro Transformações na Consciência

Zazen - 31/01/2016

Abrace o seu sofrimento, sorria e descubra a fonte da felicidade que existe em seu interior. Os Budas também sofrem, mas eles sabem transformar o sofrimento em felicidade e compaixão. Sabem que o sofrimento e a alegria são impermanentes. Aprendem a arte de cultivar a felicidade (tradução livre). 

Thich Nhat Hanh