30 de novembro de 2014

Zazen – 30/11/2014 e 07/12/2014

Zazen - 30/11/14

Zazen - 07/12/14
Ao se colocar nessa postura, sua mente fica naturalmente em estado correto; portanto, não há necessidade de buscar um estado especial da mente. Quando você tenta obter algo, sua mente começa a divagar por outros lugares. Quando você não se ocupa em obter algo, seu corpo e sua mente permanecem juntos, presentes onde você está. Um mestre Zen diria: "Mate o Buda". Isto é, mate o Buda se ele existe em algum outro lugar. Mate o Buda porque é você que deve reaver sua própria natureza búdica.

Shunryu Suzuki Roshi

23 de novembro de 2014

Zazen - 23/11/2014


O ego também é uma construção de nossa mente. Porque temos sucessões de pensamentos, sensações, formações mentais e percepções, formamos uma consciência e dizemos a nós mesmos, “Eu existo”. Esse “eu existo” é absolutamente construído e por ser construído por um funcionamento da mente, é uma ilusão que cessa quando a mente pára de funcionar. Não precisa ser necessariamente com a morte, pode ser através de uma doença. Ele existe e é necessário para nosso funcionamento na dimensão histórica. Eu tenho meu “eu” de Monge, estou vestido com meu manto de Monge, estou fantasiado de Monge, o que me ajuda a desempenhar um papel nesse mundo - isso é uma construção.

Monge Genshô

21 de novembro de 2014

Palestra com Monge Genshô em Londrina - 03/12/2014


Zazen - 16/11/2014




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A respiração é o grande elemento para levar a mente ao momento presente, porque nós não respiramos no futuro. Nós não respiramos no passado. Nós só respiramos no presente. Vocês agora estão respirando e à medida que vocês expiram e inspiram, o fenômeno só se manifesta agora. O interessante é que: o que é o agora? É um constante vir a ser. Aonde está o agora? Como a gente pega o agora? Não se pega o agora. Aí está a grande dinâmica da experiência contemplativa. A mente que se mantém no agora é uma mente que se mantém flexível e una com a dinâmica das coisas que acontecem. Porque tudo que está se manifestando nesse momento se manifesta num fluxo de agora. Não são agoras. É sempre o agora. 


Monge Kômyô

15 de novembro de 2014

Zazen – 09/11/2014




Quando praticamos zazen, nossa mente sempre segue a respiração. 

Quando inalamos, o ar entra em nosso mundo interior. 

Quando exalamos, o ar sai para o mundo exterior. O mundo interior não tem limites e o mundo exterior também é ilimitado. Nós dizemos "mundo interior" e "mundo exterior", mas, na verdade, só há um único mundo. Nesse mundo sem limites, a garganta é uma espécie de porta de vaivém. 

O ar entra e sai como alguém passando por uma porta de vaivém. Se você pensa "eu respiro", o "eu" está a mais. Não há um você para dizer "eu". O que chamamos "eu" é apenas uma porta de vaivém que se move quando inalamos e exalamos. Ela simplesmente se move, eis tudo. 

Quando sua mente está pura e calma o suficiente para seguir esse movimento, não há nada: nem "eu", nem mundo, nem mente, nem corpo. Só uma porta que vai e vem.

Fonte: Shunryu Suzuki Roshi

Zazen - 02/11/2014

Imagem: Monge Daitetsu.

Nós dizemos concentração, mas concentrar a mente em algo não é o verdadeiro propósito do Zen. Seu verdadeiro propósito é ver as coisas como elas são e deixar que tudo siga seu curso. Isso é ter as coisas sob controle, no mais amplo sentido. Praticar o Zen é abrir nossa mente pequena. Assim, a concentração é apenas um recurso para auxiliá-lo a se aperceber da "mente grande" - da mente que é o todo.

Se alguma coisa lhe vier à mente, deixe que entre e deixe que saia. Ela não permanecerá por muito tempo. Tentar parar o pensamento significa que você está sendo incomodado por ele. Não se deixe incomodar por coisa alguma. Pode parecer que essa coisa vem de fora mas, na verdade, são apenas as ondas de sua mente e se você não se deixar incomodar por elas, gradualmente se tornarão mais e mais calmas.

Fonte: Shunryu Suzuki Roshi